Óleo e suas especificações

Com tanta tecnologia aplicada nos motores atualmente, ficamos um tanto confusos se, o óleo que usamos em nossas motos são bons ou ruins, mas isso, está um pouco mais além da marca que escolhemos.
Eventualmente, se escolhermos um produto de valor muito inferior, claro que estaremos levando pra casa um produto de pouca qualidade. Não que o produto em si seja ruim, mas, provavelmente, ele não atenderá a necessidade da qual o motor da sua moto, foi projetado, e aproveitar ao máximo o seu desempenho.


Então, como saberemos qual é o óleo mais apropriado, e que nos oferecerá maior proteção e melhor aproveitamento do rendimento do motor? Para isso, existem algumas especificações que nos indicam isso. O problema as vezes é, como entender aquele monte de números e letras, e uma série de siglas?

Vamos aprender um pouco agora!

Para identificar melhor, devemos observar primeiro esses três aspectos:

Especificação de desempenho: 

API - Instituto Americano de Petróleo (Grupo que elaborou, em conjunto com a ASTM especificações que definem níveis de desempenho que os óleos lubrificantes devem atender)
Para veículos de passeio temos os níveis API SJ, SH, SG, etc.. O “S” desta sigla significa Service Station, e a outra letra define o desempenho, sendo assim, se o manual pede API SF, então podemos usar API SG, SH ou acima. Usar especificação abaixo pode comprometer o desempenho e durabilidade do motor.

Especificação de Viscosidade:

SAE - Society of Automotive Engineers (É a classificação mais antiga para lubrificantes automotivos, definindo faixas de viscosidade e não levando em conta os requisitos de desempenho)
Sua classificação numérica serve de referência para identificarmos o nível de viscosidade, sendo, número baixo (5W30) como mais fino e o número mais alto (20W50) como mais grosso.

O "W" Winter (significa inverno) é a viscosidade do óleo quando frio. Quanto menor esse valor, mais fácil ele percorrerá o motor na partida a frio, diminuindo o tempo que o motor “bate” ao ligar, quando o óleo ainda não chegou a todas as peças.

A imagem ao lado, mostra a faixa de temperatura que o óleo mantém sua viscosidade ideal de trabalho, garantindo assim, a proteção adequada ao motor. Um detalhe que deve ser observado é, a temperatura é ambiente, e não a temperatura do motor.








Base do Óleo:

A base de fabricação do óleo pode ser:

•  Mineral (totalmente a base de petróleo, normalmente usado na viscosidade 20W50) média de troca de 3mil km
• Semi-Sintética (Uma mistura de elementos sintéticos em uma base mineral, com isso obtêm-se melhor eficiência do lubrificante, normalmente usado na viscosidade 10W40 e 15W50) média de troca de 5mil km
• Sintética (São óleos obtidos de reações químicas e possuem uma linearidade quase perfeita, gerando melhor desempenho em qualquer faixa de temperatura) a maior vantagem, além de deixar o motor praticamente imune à borras e resíduos, é o fato de se poder "esticar" o espaço entre uma troca e outra, média de troca 10mil km.

Quanto ao período de troca, quem determina isso é o manual do fabricante, ou seja, não é o que o seu mecânico disse, ou o que eu digo, mas sim, o que vem especificado lá no manual, pois foi a maneira apropriada testada pela fabricante para garantir o desempenho e a durabilidade do motor. As médias de troca aqui mencionadas, são apenas uma referência quanto à durabilidade de cada composto.

Entendendo a evolução do óleo durante os anos:

A marca do lubrificante é uma escolha pessoal, claro que, evitar marcas desconhecidas é um risco. Apesar disso, o que influencia são as especificações, porém, cada marca utiliza de recursos extras como, proteções adicionais, ativos detergentes, e vários outros recursos para tornar seu produto ainda mais competitivo.

Isso não significa que, se não usar AQUELA marca famosa, não quer dizer que seu motor estará desprotegido