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quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Pastilhas de freio (Composições e Aplicações)

Essa semana fui "questionado" quanto às pastilhas de freio. Quais seriam os tipos mais adequados, melhores e apropriados para cada tipo de moto ou uso?



Sabemos que hoje, no mercado de "moto-peças" a variedade é ampla, o que, na maioria das vezes, confunde demais a cabeça do consumidor, justamente por não ter indicações de aplicação ou melhor aproveitamento para cada tipo de composição.


Visando auxiliar aos amigos motociclistas na hora de escolher o material de composição mais apropriado ao tipo de uso, vou tentar detalhar nesta matéria cada tipo de material e sua melhor aplicação .

Atualmente, temos à nossa disposição as seguintes composições:


             Orgânica                          Semi-metálica (ou "organometálica")


                 Metálica                                               
Sinterizada

                S-Sinter                                                           Carbono

                                                               Cerâmica


Agora que sabemos quais são vem a pergunta: E agora, qual escolho? Vamos entender cada uma delas e assim tentar a chegar a uma conclusão.

Orgânica:
Feitas a base de celulose e resina fenólica. Desgastam pouco o disco de freio, são baratas e quase não fazem barulho. Por outro lado, desgastam-se mais rápido e não reagem muito bem em alta temperatura. São mais indicadas para uso urbano e em motos de pequena cilindrada. São as mais comuns no mercado. Atualmente, esta linha está sendo substituída pela semi-metálica.
Conclusão: Boa para motoboy e motoquinhas que se usa apenas para ir ao mercado, por ser mais em conta e eficiente o suficiente.

Semi-Metálica:
Estas pastilhas são feitas de latão, bronze e/ou alumínios e são ideais para o uso no dia-a-dia de motos pequenas e médias (50 a 200cc.). Em relação às orgânicas, tem custo pouca coisa superior, que é compensado pela maior durabilidade, eficiência e sensibilidade sem que gerem desgaste no disco de freio. A maioria das motos saem de fábrica com este tipo de pastilha, além de motos maiores também utilizarem, como alguns modelos de Harley- Davidson.
Conclusão: Serve para praticamente todas as motos, grandes ou pequenas para uso comum, ou seja, rolês básicos, um pouco de esportividade mas nada de uso extremo.

Metálica:
São parentes das semi-metálicas, porém, com maior carga de pó metálico. Melhora o poder de frenagem, sem prejudicar o disco de freio. Praticamente todas as motos modernas médias e grandes utilizam este modelo, que em relação às semi-metálicas, tem maior vida útil, recuperam-se mais rapidamente após molhadas e trazem ao motociclista frenagens mais progressivas e consistentes. O custo é médio e também é indicada para o off-road leve.
Conclusão: Quem tem uma motoca potente, gosta de se divertir um pouco em velocidades mais elevadas já deve procurar por uma pastilha nessa composição.

Sinterizada:
Feitas de uma mistura de metais em pó, como cobre, alumínio, latão, bronze e outros metais, estas pastilhas são moldadas em alta temperatura e pressão de forma a torná-la um bloco duro. Traz resistência ao desgaste e tem ótimo funcionamento no molhado, porém, acelera o desgaste do freio, demora no aquecimento e tem preço alto. Este modelo é a tendência da indústria motociclística de alto desempenho e ideal para o uso off-road.
Conclusão: Isso é pra quem adora um Track Day ou acelerar a moto nas pistas, não compensa economizar se o uso é esportivo e busca-se performance.

S-Sinter:
Estas pastilhas são uma exclusividade da marca Fischer, trabalham bem desde frias e são menos agressivas ao disco de freio que uma sinterizada, por exemplo. Já são usadas pelas melhores equipes brasileiras de enduro, Rally e motocross com excelentes resultados.  Além disso, são ideais para uso em quadriciclos.
Conclusão: Não vale a pena a não ser para quem faz um off-road mais extremo, já que ela é voltada para esse tipo de utilização.

Carbono:
Criada para a indústria da aviação, agora já está disponível para carros e motos de passeio. Estas pastilhas oferecem linearidade na frenagem e suportam altas temperaturas, ideal para o freio traseiro das motocicletas. Tem ótima durabilidade e não desgasta o disco de freio. Como tudo tem seu preço, elas são construídas com uma camada de isolante térmico e, por isso, é recomendável usar fluido de freio DOT 5.1.
Conclusão: Para os mais abonados ou pilotos profissionais que buscam sempre melhor desempenho, pois não basta acelerar se a frenagem não for na mesma potência.

Cerâmica:
Além de não sujar a pinça de freio e a roda com fuligem, este material proporciona grande potência de frenagem (mas com menor linearidade que a de carbono) e alta durabilidade da pastilha com o mesmo desgaste do disco de freio oferecido pelas organometálicas. Assim como a de carbono, esta pastilha gera muito calor na pinça de freio e tem um escudo térmico no seu verso. Também é recomendável usar fluido de freio DOT 5.1.
Conclusão: Mesmo que da composição acima.

Podemos visualizar as aplicações nessa imagem:



Agora que já sabemos quais são as opções, é preciso cautela na hora de escolher, pois, além da composição em si, devemos nos atentar quanto à marca a escolher, já que, com tantas no mercado querendo uma fatia do bolo, nem todas investem em tecnologia de produção. Isso, além de tudo, é uma das coisas mais importantes que se deve ter em mente na hora de escolher o que iremos usar para morder nossos discos!

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